sábado, 2 de março de 2013

OS JETSONS


"Os Jetsons" foi outro desenho que esteve presente em minha infância, e que ajudou a moldar meu gosto por ficção científica.

Série animada produzida pela Hanna-Barbera, na década de 60, criada no ano de 1962 e tendo apenas 24 epsódios, foi inicialmente passada no Brasil entre 1962 e 1963 pela TV Excelsior, entre 1985 e 1987 pelo SBT, e atualmente ainda é exibida pelo canal Toncast.













Esta série introduziu o conceito de uma família típica morando no futuro, entre  carros voadores, robôs e outras centenas de coisas que se pensava incorporadas ao dia a dia das pessoas, mas foi extremamente moralista e conservadora no geral, sendo a família retratada idêntica aos preceitos morais vigentes na época da criação do desenho.












A familia é composta por:

George Jetson - O adorável patriarca da família é um pai esforçado, mas sempre toma as decisões erradas, é trapalhão, sendo que até o cão da família passa a perna nele... É trabalhador, mas possui um patrão estressado que vive lhe oferecendo a vice presidência das empresas, mas nunca dá...;

Jane Jatson - Dona de casa que adora uma visita ao shopping, onde pode gastar o dinheiro do marido, comprando roupas e outras coisas. Mas também adora tentar tornar a vida de George mais fácil e preparar grandes jantares;

Juddy Jetson - A filha adolescente, preocupada com namoros e compras, mas apesar disso dedica-se aos estudos;

Elroy Jetson - O genio da família, aos 10 anos é craque em ciencias espaciais.

Astor - O cão da família, não muito esperto mas sempre traz o chinelo de George quando este chega em casa do trabalho. Ele fala...rs

Rose - A empregada robô da familia, um modelo ultrapassado que a família não quer trocar, pois é como se fosse parte da família;

Cosmo Spacely - Chefe neurótico, autoritário e tirano de George, que adora oferecer a vice-presidência para depois negá-la...



Na animação, George e sua família passam mensagens otimistas aos seus espectadores, mesmo vivendo situações engraçadas de maneira bem humorada. Por isso a fórmula, cedida à trama por parte de seus criadores, deu certo.



Quem nunca se imaginou vivendo em cidades aéreas, dirigindo carros voadores e tendo uma empregada-robô para servir e limpar a casa? Se essa visão de futuro está no imaginário das pessoas, muito se deve a Os Jetsons, clássico desenho animado da Hanna-Barbera que mexe com a imaginação de toda uma geração há décadas.


Estamos na metade do caminho do futuro imaginado por Os Jetsons. Toda a ação da série, produzida pela primeira vez entre 1962 e 1963, com uma segunda versão entre 1985 e 1987, se passa no distante ano de 2062. 50 anos depois da mais famosa família do futuro chegar à TV, e faltando cerca de 50 anos para chegarmos à época em que vivem George, Jane, Judy, Elroy, Rosie e Astro, o que será que deu certo, o que foi superado e o que ainda podemos ver daqui pra frente na tecnologia imaginada pelos produtores do desenho?



Em entrevista ao Terra, Bob Hathcock, produtor da segunda versão da série na década de 80 e filho de Jerry Hathcock, produtor do desenho original na década de 60, disse que acredita que os escritores responsáveis por pensar na tecnologia usada em Os Jetsons não estavam tentando ser videntes ao mostrar a forma que as pessoas viveriam em 2062. "Eles estavam apenas tentando ser engraçados. Era uma espécie de Os Flintstones ao contrário", afirma.

A verdade é que muitas coisas que usamos e consideramos banais hoje em dia já haviam sido imaginadas há 50 anos não por técnicos em informática ou engenheiros, mas por profissionais de desenho animado. As videoconferências são um exemplo. 


Tão comuns quanto falar ao telefone, reuniões por vídeo entre filiais de empresas ou conversa entre amigos pelo Skype acontecem o tempo todo. Não precisaremos esperar até 2062 para ver cenas como o senhor Spacely conversando com George se tornando reais. E para quem não lembra, os "videofones", como eram chamados no programa, foram um prenúncio da era da mobilidade em que vivemos hoje, com videochamadas sendo feitas até pelo relógio de pulso.



Se por um lado esse tipo de situação já chegou, por outro ainda temos mais 50 anos pela frente para colocar em prática outros hábitos da família do futuro. Quer ter uma empregada-robô em casa? Hoje, em lojas de varejo, é difícil que você encontre uma Rosie para vender. Mas as pesquisas em robótica avançam a passos largos, e pesquisas com robôs humanoides capazes de realizar tarefas domésticas já estão em desenvolvimento. Só para citar um exemplo, pesquisadores sul-coreanos criaram um robô capaz de fazer a limpeza da casa, colocar a roupa na máquina de lavar e esquentar a comida no microondas. Robôs como o Mahru-Z, ou até mesmo como Rosie, aparecem a todo momento em feiras de robótica e em centros de pesquisa, mas sua fabricação em série, por enquanto, é inviável. Quem sabe daqui a 50 anos?




Futuro aéreo ainda é distante

Mas há muita coisa no desenho que estamos a uma distância gigantesca de alcançar. Tudo em Os Jetsons parece querer ficar no espaço. Os carros, as casas e até mesmo as partidas de golfe são mostrados no ar. "No final dos anos 50 e a maior parte dos anos 60 estávamos na época da corrida espacial e nós pensávamos que todas as coisas maravilhosas que estavámos ouvindo falar viriam a acontecer. As coisas nem sempre acontecem como você pensa. As pessoas comuns não vislumbraram a internet do jeito que ela é e o quanto ela assumiu as nossas vidas, mas achávamos que haveria aviões pessoais e edifícios flutuantes", diz Hathcock.

Nesse tempo que separa Os Jetsons do mundo que vivemos parece que o ser humano aprendeu a manter os pés no chão. Ainda damos passos pelas ruas e as rodas dos nossos carros seguem girando firmes no solo, e tudo indica que vai continuar assim por alguns anos. Protótipos de "carros voadores" até aparecem, mas mais se parecem com aviões do que com os veículos compactos que voam pelos céus de Orbit City no mundo dos Jetsons. Mesmo que o Pentágono tenha lançado um programa no ano passado querendo testar protótipos até 2015, é muito incerto pensar em um modelo desses pelas ruas - ou pelos ares - até 2062.




Futuro que já é passado

Mas o que é mais divertido pensar em Os Jetsons é no que era para ser futuro e virou passado muito tempo antes. Meio século antes de chegarmos à época em que se passa o desenho, já vivemos em um mundo em que buscamos informações em alta velocidade tocando em telas - enquanto a modernidade do desenho está cercada de botões.


Em oposição a objetos ultramodernos que talvez nunca saiam do campo das ideias, exemplos de projetos de futuro deles que já ficaram no nosso passado não faltam. Enquanto no desenho uma máquina preparava uma refeição completa em uma cápsula pressionando um botão, os funcionários das empresas do mundo Jetsons ainda batiam ponto com cartão-ponto (o que muita gente que vive na época dos crachás com chips nem deve conhecer). Da mesma forma, enquanto um avatar fazia o exercício matinal por George ou as pessoas conseguiam passar objetos pela tela da TV, os estudantes ainda consultavam informações em enciclopédias na série.



"Sei que as pessoas acham legal que um monte de coisas no programa se tornou realidade. Mas eu estou mais impressionado com a maneira como as coisas são diferentes do que o show tinha previsto", afirma Hathcock. Para o produtor, quando os robôs pessoais ou outros avanços em hardware chegarem as pessoas não vão se impressionar tanto, pois já é uma realidade com que elas estão acostumadas. Mas será que Hathcock, anos depois de ter trabalhado na séria, ainda arrisca o que poderia nos impressionar em 2062? "As maiores mudanças serão na bioengenharia e geoengenharia. Se nós pudermos viver o suficiente para vê-las será muito legal."




















Nenhum comentário:

Postar um comentário