Que metas traçar, o que almejar,
por onde recomeçar, onde se apoiar, como conquistar?
Pago aluguel, sem poupança nem
fundo de garantia para pensar em casa própria, um emprego de funcionário publico
nível médio, um salário de pouco menos que o dobro do aluguel, separado, com família
longe e com poucos amigos.
Divorciado, com dividas e empréstimo
recém-feito. Nossa!
Tenho uma grande amiga que diz
que me faço de vítima, pode até ser, em parte. Mas que as coisas não estão fáceis,
isso não estão.
Meu contrato de aluguel esta no
fim, e tenho de arrumar um fiador de aluguel, o que não sai barato, pois o
inventario ainda não saiu, e por isso minha mãe não pode ser minha fiadora, e
não tem mais ninguém que possa. (e antes que perguntem, sim, procurei
muito...).
O único plano que tenho no
momento é sobreviver nos próximos 12 meses conseguindo pagar minhas dívidas e o
empréstimo, e assim poder pensar no que fazer daí para frente.
Portanto, tenho 12 meses.
Nas últimas semanas tenho me
perguntado se fiz algo de útil nestes 47 anos. Se fiz a diferença para alguém e
se alguém vai sentir minha falta. Com exceção de minha mãe, irmã e afilhada,
acho que mais ninguém. Triste.
Ainda dá tempo de mudar? Talvez.
Sim.
Mas qual caminho seguir? Esta é a
maior questão.
Arrumar um amor e passar minha
vida (o tempo que me resta) dedicada a esta pessoa?
Dedicar-me aos pobres e viver
o resto da vida ajudando aos outros?
Dedicar-me aos estudos, arrumar
uma nova profissão e com muito afinco virar um mito nesta nova carreira?
Tornar-me político?
Estudar inglês e mudar para outro
país começando do zero e mudar radicalmente de vida?
Ou ir se deixando levar para ver
onde vai parar, correndo o risco de não parar em lugar nenhum?
Com certeza poderia relacionar
centenas de situações possíveis, por mais absurdas que parecessem ao primeiro
olhar. Bom, mas...?
Ainda não sei, e não tenho com
quem conversar a fundo sobre isso, e isso me preocupa mais do que tudo. Sempre tentei
ajudar aos outros com conselhos e alternativas, com exemplos e idéias, mas agora
não encontro ninguém que possa fazer isto por mim. Escutar, ouvir, entender,
compreender, dar idéias, apoiar, estar por perto. Como precisamos disso.
Isto é conversa para horas, mas
quem tem esse tempo para dar? Já cheguei a não dormir para ouvir uma ou outra
amiga, mas agora não encontro ninguém. Provável que a culpa seja minha, por não
saber cultivar amigos deste Naipe.
Desabafo. Este post é muito
disso, e também um pouco do que muitas pessoas podem estar sentindo (espero que
não muitas).
Enfim, ainda não tenho um Norte,
mas não me sinto totalmente perdido, não como em 1999, hoje minha situação
geral é melhor, a não ser pela idade, afinal, são 13 anos a mais, ou a menos,
de vida.
A idade nunca tinha me pesado
antes, mas nestes meses tenho me sentido mais velho, não tenho me achado bonito
como me achava antes. Preciso reencontrar aquele Eu que morava junto comigo,
mas não faço nem idéia de onde ele está. Mas vou começar a procurar.
Tenho fé de que vou superar estes
problemas, como já superei outros, mas gostaria sinceramente que não tivesse
que fazer sozinho de novo, pois demora mais, é mais doloroso, triste.
Enfim, como disse antes, este é
um desabafo de um poeta que esta perdido, tem opiniões, versos antigos,
gostaria de começar a compor novos versos, encontrar uma nova musa, solidificar
a amizade que sente por algumas pessoas, e que este sentimento não fosse de mão
única.
Só quero uma chance, da vida, do
amor, dos amigos, de mim mesmo. Não creio que seja pedir muito, mesmo que esta
seja a 3ª chance...Afinal, procuro aprender com meus erros, e tento não
repeti-los, mas nem sempre consigo (quem nunca repetiu um erro na vida??).
Bom, isto esta longo e paro agora
por aqui. Volto a este assunto outra hora, correndo o risco de perder os poucos
leitores que tenho, mas o que fazer?
Abraços a todos e que tenham uma
ótima terça-feira.
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