domingo, 11 de janeiro de 2015

E COMEÇA O ANO...

E começou 2015... começou mesmo? para quem?
 
 
Muitos dizem que o ano começou pra valer dia 05, segunda-feira, pois foi o primeiro dia útil do ano (mas e o pessoal que trabalhou sexta-feira?)...
 
Aliás, a começar pelos garis de Santos, para muitos o dia começou logo na madrugada de quinta-feira, dia primeiro.
 
Mas e para você? quando começou o ano? Ou ainda nem começou, pois está de férias e só em fevereiro volta a trabalhar?
 
Ou será que justamente por estar de férias é que o ano já começou? Afinal, ficar em casa as vezes dá mais trabalho que no trampo...rs
 
 
 
 
 


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

POESIA - CALÇADA DA VIDA



CALÇADA DA VIDA
  
Que situação engraçada
Você estar na calçada
De uma rua qualquer,
De um lugar qualquer
Vendo o povo passar.

Que situação esquisita
Estar de fora a olhar
Passar esta gente aflita
Na calçada da cidade
Em busca de felicidade.

Que coisa estranha
Ver o jogo da vida:
Um perde, outro ganha;
Quem ganha tem sorte,
Pra quem perde é a morte.

Que coisa sem sentido
Ficar na calçada olhando
O passar do povo ferido
Te vendo e implorando
Um lugar ao sol.

Que coisa deprimente
Esta atual situação:
Ver toda essa gente
Nesse buraco profundo,
Nesse poço de podridão.

Que devemos fazer
Quando olhamos para o céu?
Que faremos na hora
De dar um tiro na cabeça?
Que todos fiquem pinéu!




Que coisa comum ver o
Povo passar e não sentir
Quanto o seu olhar distante
Pode essa gente ferir
Mais que armamento algum!

Que faremos desta vida,
Desta privada entupida
Cheia de excremento,
Podre e nojenta
Que a todos afugenta?

Que vontade de fazer algo
Algo realmente útil,
Como faz o operário
Em busca do salário,
Salário mais injusto!!

Que coisa mais interessante
Estar na calçada a olhar
Um homem que passa
E se vê passar
Pra trás por outros homens.

Que coisa comum
Você morrer na calçada
De uma rua qualquer,
De um lugar qualquer,
Sem ter feito nada!



1983 / 1984 / 1985

Esta é uma das poucas poesias que não foram escritas de uma única tacada. Na maioria das vezes, escrevo a poesia de uma única vez, direto, sem pausa, apenas corrigindo algumas coisas depois, mas a idéia básica é escrita toda de uma vez.


                                                                                 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

POESIA



VIVER, AMAR, SOFRER



Viver é amar e constantemente sofrer.
Viver é sofrer e constantemente amar.
A vida sofre do amor que vive sofrendo,
Amando a vida sofrida
Que sofre do amor que vive
Intensamente dentro de cada ser.


198? 


Mais uma escrita na década de 1980. Infelizmente eu perdi as originais que tinham a data correta de criação destas poesias, por isso só sei que foram escritas entre 1980 e 1990.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

POESIA - DE VOLTA AO PASSADO



OLHO



Olho pro céu e vejo
Na linha do horizonte um ser.
Olho pro céu e vejo
Na linha do horizonte um mar.
Olho pro céu e vejo
Na linha do horizonte um nuvem,
Nuvem atômica de muitos megatons,
Calando os sons das vidas que destruiu.
Olho pro céu e nada vejo,
Não vejo o ser, o mar, a linha do horizonte.
Sou cego, pois tudo que está aí não vejo.
Baixo o olhar, vergonha de raça.
Olho para baixo, Terra é finda.
Finda o ser, o mar, o universo,
A linha do horizonte,
Finda meu olhar, meu verso.


 
                                                                                              Um dia de um ano de 198?


Nem sempre tinha uma visão boa do mundo, já naquela época (década de 1980) escrevia sobre coisas boas e ruins. Minha veia poética sempre foi melhor nas épocas que eu estava pra baixo, chateado, triste ou sofrendo por amor. Menos ultimamente, pois se fosse assim, 2014 teria rendido dezenas de poesias. Pretendo voltar a escrever também, vamos ver se consigo. É só por as coisas em ordem... ou não...